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ENDOCRINO 2024


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Julia Otino


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Tumores secretores da hipófise
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Questions:

23 questions
🇵🇹🇵🇹
Tumores secretores da hipófise
Corticotrofomas Somatotrofomas Prolactinomas
Corticotrofoma (doença de Cushing): diagnóstico clínico
Síndrome de Cushing: obesidade central, giba dorsal, fácies cushingoide (fácies em lua cheia), hiperemia facial, pele fina e hematomas, perda muscular em MMII, imunodepressão, víbrices (estrias), HAS, DM ou pré-DM, hirsutismo, osteopenia ou osteoporose, nefrolitíase.
Corticotrofoma: diagnóstico laboratorial
Diagnóstico laboratorial: ACTH aumentado. Cortisol sérico aumentado, cortisol sérico noturno aumentado, cortisol salivar noturno aumentado.
Corticotrofoma: tratamento
Ressecção cirúrgica do tumor
Somatotrofoma: diagnóstico clínico
Infância: gigantismo. Adulta: acromegalia. Evolução muito lenta. Aumento de mãos e pés, fácies acromegálicas (aumento de nariz, mento, fronte, lábios, macroglossia, prognatismo, alteração de mordida), intolerância a glicose com DM2, tórax em tonel, artalgia, hiperprolactinemia, amenorreia, impotência sexual, hipertensão, cardiomegalia, cefaleia, alteração de campo visual, miopatias, osteopenia/osteoporose por hipercalciúria.
Somatotrofoma: diagnóstico laboratorial
Exames laboratoriais: aumento de GH (hiperglicemiante). Confirmar com TTGO (teste oral de tolerância a glicose).
Somatotrofoma: tratamento
Tratamento: cirurgia. Se não funcionar (raro), operar novamente ou fazer RT.
Prolactinomas: diagnóstico clínico
Mulher: galactorreia, irregularidade menstrual, infertilidade. Homem: dificuldade de ereção, sintomas visuais, eventualmente galactorreia.
Prolactinomas: diagnóstico laboratorial
Diagnóstico: PRL > 200. Fazer RM. Descartar causas farmacológicas.
Prolactinomas: tratamento
Tratamento clínico: cabergolina, bromocriptina (bloqueia PRL via dopamina) + acompanhamento com RM e dosagem de PRL para ajustar a medicação ao longo dos anos. Tratamento cirúrgico: macroprolactinoma com sintomas compressivos.
O que é incidentaloma?
É encontrar um prolactinoma por acaso num exame pra ver outra coisa, sem repercussões clínicas. Ele é < 1cm que não causa hiperfunção, o procedimento é acompanhamento anual com RM
Tumores produtores de TSH
Sinais semelhantes a hipertireoidismo (agitação, taquicardia, ansiedade, insônia, alterações sexuais) Diagnóstico: aumento de TSH, T3 e T4 no sangue. Tratamento: tionamidas ou ressecção cirúrgica.
Tumores produtores de LH e FSH
Mulheres: sem sintomas Homens: ondas de calor Possibilidade de alterações visuais em macroadenomas Diagnóstico: aumento de FSH ou LH ou ambos Tratamento: ressecção cirúgica
Como diferenciar puberdade precoce central da periférica?
A puberdade precoce central (gonadotrofino dependente) é isossexual, mimetiza a puberdade normal, segue ordem telarca > pubarca e menarca, e nos meninos há aumento testicular bilateralmente. Já a puberdade precoce periférica (gonadotrofino independente) pode ser iso ou heterossexual, é de rápida progressão, a menarca pode ser a primeira manifestação. E nos meninos, pode haver volume testicular reduzido ou assimetrias.
Exames puberdade precoce
1. Se caracteres sexuais antes dos 8 anos (meninas) e 9 anos (meninos); caráter progressivo (aumento da velocidade de crescimento) ou idade óssea avançada (> 1 ano) 2. Dosar FSH, estrógeno, LH e testosterona 3. Se aumentados estrógeno ou testo >>> dosar LH - LH> 0,6: PPC > RM de encéfalo: se normal é PPC idiopática -LH<0,6: pré puberal -> fazer teste de GnRH - se LH > 6,9 mulheres ou >9,6 homens -> PPC
Paciente, sexo masculino, com diagnóstico recente de Diabetes tipo 2, discorra, quais as medicações disponíveis no mercado, e seu respectivo mecanismo de ação, para tratamento deste paciente.
HIPOGLICEMIANTES 1.Biguanidas (Metformina=Glifage): aumenta sensibilidade insulínica no fígado e no músculo promovendo menor neoglicogênese/aumento da captação periférica, respectivamente. 2.Sulfonilureias (Gliclazida): estimulam a secreção pancreática de insulina, pois aumentam a sensibilidade da célula beta pancreática à glicose 3.Tiazolidinedionas (Glitazona): aumento da sensibilidade a insulina pelo aumento de GLUT 4. 4. Incretinas (inibidores de DDP4/Vildagliptina e análogos de GLP1/semaglutida): aumento do efieito das incretinas; aumentam secreção e sensibilidade à de insulina e reduzem secreção de glucagon. 5. Inibidores de SGLT2 (Dapagliflozina): aumento da excreção renal da glicose
Paciente de 25 anos, sexo feminino, diabetes tipo 1 há 8 anos, chega ao PS de manhã com dor abdominal intensa, náuseas, poliúria, polidipsia e hálito cetônico. Refere estar sem aplicar a insulina há 1 dia pois seus frascos acabaram e ela estava muito atarefada no dia anterior para comprar um novo. Taquicárdica, hipotensa, desidratada ++/4, cetonúria +++, glicemia capilar 360 mg/dL. Nos exames de entrada, apresentava pH de 7.1 (VR 7.35-7,45), HC03 de 14 (VR 22-26), sódio de 142 (VR 135-145) e potássio de 4.1(VR 3.5-5 mEq/L). Descreva o diagnóstico e como deve ser o tratamento da condição clínica dessa paciente.Cetoacidose diabética Reverter causa da descompensação (retomar tratamento), monitorização gasométrica e clínica constantes. Reposição insulínica, reposição volêmica com soro fisiológico, correção dos distúrbios eletrolíticos.
DM2: etiologias
DM2 não é uma doença autoimune; Apresenta história familiar mais importante que DM1 Sobrepeso ou obesidade.
DM2: DM gestacional
DM gestacional: 92-125 ou TOTG após 24 92-125 ou 1h >=180 ou 2h>=153-199 DM overt = diagnosticado na gestação: jejum >=126 ou acaso >=200 ou HbA1c>= 6,5 ou TOTG pós 24ª sem 2h>=200
Insulinoterapia DM2
Não alcançou meta terapêutica NPH 0,2/kg a noite Contagem de carbo = 500/dose insulina
Insulinoterapia DM1
Basal Bolus: total de insulina = 0,4-0,5 U/kg Basal (NPH): 2/3 manhã e 1/3 a noite (50% do total) Bolus (ultra rápida): 1/3 antes de cada refeição (50% do total) Basal bolus suplementada: glicemia medida - meta glicêmica 120 a 140/ f. sensibilidade f sensibilidade = 1800/dose total Administrar antes da refeição
DM2 diagnóstico:
Glicemia de jejum >= 126 mg/dl. Em assintomáticos, repetir o exame. Glicemia ao acaso >= 200 mg/dl. HbA1c >= 6,5%. Em geral, usamos 2 medidas. TOTG: glicemia 2h >= 200 mg/dl. Pedimos em fatores de risco importantes ou glicemia entre 99 e 125 (pré-DM).
Fisiologia DM2
Defeito na célula beta: graus variados de resistência insulina (tec adiposo, musculo esquelético e fígado) Defeito na célula alfa pancreática: aumento da secreção de glucagon. Defeito renal: reabsorção de glicose com hiperexpressão de SGLT2 Cérebro: regulação do apetite danificada + tônus simpático aumentado + diminuição de atividade da dopamina. Trato gastrointestinal: defeito no efeito das incretinas (GIP e GLP-1) Inflamação: inflamação crônica. Fibrose, endotelite. Função imunológica: desregulação imunológica, com aumento de infecções e dificuldade de combatê-las. Estômago ou intestino delgado ou ambos: esvaziamento anormal + disbiose intestinal (desequilíbrio entre bactérias intestinais) + aumento da absorção de glicose. Amilina pancreática: depósito de substância amiloide no pâncreas. Altera a secreção de insulina de forma parácrina entre células alfa e beta.