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Questões basilares Cirurgia geral


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BRUNA AYA SATO


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Descreva o quadro clínico do carcinoma da cabeça do pâncreas
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Icterícia, perda ponderal e dor abdominal Colúria, hipocolia ou acolia fecal, anorexia, vesícula palpável, episódios de pancreatite, ascite, tromboflebite migratória, obstrução duodenal e depressão

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Questões basilares Cirurgia geral - Details

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71 questions
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Descreva o quadro clínico do carcinoma da cabeça do pâncreas
Icterícia, perda ponderal e dor abdominal Colúria, hipocolia ou acolia fecal, anorexia, vesícula palpável, episódios de pancreatite, ascite, tromboflebite migratória, obstrução duodenal e depressão
Descreva o quadro clínico do carcinoma do corpo e da cauda do pâncreas
Perda ponderal, dor lombar e abdominal, astenia, náuseas, vômitos e anorexia
Quais são os exames para o diagnóstico e estadiamento do carcinoma da cabeça do pâncreas?
Laboratorial: bilirrubina e frações, FA, GGT, AST, ALT, CA19-9, TAP. Imagem: TC com multidetectores, colangiopancreatorressonância e CPRE. Estadiamento: TC abdome e pelve, RX tórax, laparoscopia
Quais são as neoplasias císticas do pâncreas e qual o seu comportamento dominante (maligno/benigno)?
Neoplasia cística mucinosa (benigna mas com potencial de malignização) Intraductal papilar mucinosa (⅓ maligno ao diagnóstico) Serosa (benigna com rara malignização) Sólida cística pseudopapilar (em geral benigna com rara malignização).
Quais são as neoplasias endócrinas pancreáticas mais frequentes e qual o seu quadro clínico quando funcionantes?
Insulinoma (hipoglicemia) gastrinoma (úlcera péptica e diarreia) VIPOMA (diarreia aquosa, hipocalemia e acloridria) glucagonoma (hiperglicemia e dermatite) somatostatinoma (hiperglicemia, esteatorreia e calculose biliar)
EDA: gastrite leve. Quais exames complementares poderiam ser solicitados para elucidação diagnóstica DRGE?
Impedanciometria ou pHmetria para diagnosticar o refluxo e manometria esofágica para avaliar a pressão do EEI
Quais casos tem indicação cirúrgica na DRGE?
Lesão esofágica grave: esôfago de Barrett, estenose, úlcera esofágica Intratabilidade clínica Manutenção do tratamento clínico prolongado: jovens
Os pacientes portadores de megaesôfago na América do sul, tem como causa mais comum um agente etiológico bem conhecido, qual é esse agente, onde ocorrem as alterações e quais são os mecanismos alterados na motilidade esofágica, descrevendo nome e alteração, que no conjunto resultam no que chamamos de Megaesôfago?
Trypanosoma cruzi Ocorrem alterações nos plexos mioentéricos, causando alteração no estado de tonicidade do esfíncter esofagiano inferior, que permanece em hipertonia e falha em relaxar (acalasia), e alteração na coordenação do peristaltismo esofágico, que leva a dilatação progressiva (aperistalse)
Um paciente de 80 anos, com disfagia, sialorréia, halitose e que apresentam massa na região cervical, que pode ser reduzida por manobras manuais, deve ser portador de qual patologia? Quais exames devem ser solicitados para diagnóstico, justificando cada um deles? O tratamento é cirúrgico ou apenas expectante?
Divertículos esofágicos, provavelmente o de Zenker Exames diagnósticos: RX contrastados, endoscopia digestiva alta, manometria esofágica e videodeglutograma Tratamento pode ser endoscópico com aspiração e eversão do divertículo e posterior grampeamento. Tratamento pode ser cirúrgico com cervicotomia anterior, grampeamento e retirada do divertículo.
Qual o quadro clínico do adenocarcinoma de estômago?
Sintomas iniciais são vagos, mas crônicos e persistentes, com mal estar, queimação e dor. Na doença avançada, podemos ter epigastralgia, plenitude pós prandial, perda de peso, náusea e vômito, sangramento com hematêmese ou melena, astenia, disfagia e eructações
Quais técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas com intenção curativa para tratar cancer de estômago?
Gastrectomia total (corpo e fundo) ou subtotal (antro) e linfadenectomia, com reconstrução do trânsito por anastomose esofagojejunal ou gastrojejunal, respectivamente. Além de quimioterapia adjuvante e/ou neoadjuvante se linfonodos positivos
Para avaliar o prognóstico e programar terapêutica adjuvante, é utilizado o estadiamento TNM. Explique o significado do T, do N e do M.
Para avaliar o prognóstico e programar terapêutica adjuvante, é utilizado o estadiamento TNM. Explique o significado do T, do N e do M.
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento do adenocarcinoma do estômago?
Gastrectomia prévia, pólipos adenomatosos, anemia perniciosa, gastrite atrófica, metaplasia intestinal, história familiar, inativação de p53, ativação de oncogenes, grupo sanguíneo A, tabagismo e alimentos defumados e embutidos.
Quais os fatores de risco para cada tipo histológico nas neoplasias malignas de esôfago?
CEC : álcool, fumo, bebidas quentes, megaesôfago e lesão cáustica Adenocarcinoma: obesidade e DRGE (esôfago de Barrett)
Qual o quadro clínico câncer de esôfago?
Assintomático no início. Sintomas de disfagia, odinofagia, perda de peso, regurgitação, disfonia, engasgos e tosse com expectoração
Cite os procedimentos para tratamento paliativo e curativo para câncer de esôfago
Curativo: esofagectomia com linfadenectomia e esofagogastroplastia ou esofagocoloplastia Paliativo: radio e quimioterapia e para via alimentar sonda nasoenteral ou gastrostomia
O que são divertículos colônicos e como se formam?
Divertículo: protusão na parede do cólon, sendo mais comum no sigmóide Hipertônico: dieta pobre em fibras → constipação → alta pressão no intestino e protusão da mucosa, complicando com inflamação Hipotônico: mioesclerose/ denervação → protusão da mucosa, complicando com sangramento
Descreva o mecanismo de desenvolvimento da diverticulite
Processo inflamatório com perfuração dos divertículos hipertônicos, associado a infecção e extravasamento de fezes Está ligada a constipação intestinal e dieta pobre em fibras. Pode complicar com fístulas, abscessos, estenose e peritonite generalizada.
Em que casos de diverticulite é mais comum a realização da cirurgia de Hartmann?
Hintchey 3 e 4, em que o divertículo perfura para a cavidade, com grande abscesso ou extravasamento de fezes. É realizada a ressecção com posterior anastomose, já que é uma cirurgia de urgência
Qual tipo de divertículo é mais propenso ao sangramento e por que ocorre o sangramento?
Falsos já que envolvem somente a mucosa, nos locais de penetração vascular, e hipotônicos, que são mais fracos e propensos a estourar. O sangramento ocorre pela erosão vascular junto ao divertículo, levando a sintomas de hematoquezia e enterorragia
Sintomas da doença hemorroidária
Sangramento, Prurido, Prolapso, exsudação Sem alteração do hábito intestinal Dor somente em complicações
Classificação da doença hemorroidária interna
Grau I– não prolapsa Grau II – prolapso com redução espontânea Grau III – prolapso com redução digital Grau IV – prolapso sem redução
Sintomas da fissura anal
Dor às evacuações Sangramento Constipação reacional
Classificação da fissura anal
Aguda (apenas corte) e crônica (tríade clássica – plicoma sentinela, papilite hipertrófica e lesão ulcerada)
Lei de Salmon Goodsall
Regra para localização e drenagem de fístulas anais com orifício externo até 3 cm da borda anal Fístulas cujo OE se encontra na metade anterior do ânus tem trajeto retilíneo para o OI na cripta correspondente Fístulas cujo OE se encontra na metade posterior tem trajeto arciforme em direção ao OI na cripta da linha média posterior
Mulher 25 anos, mulher, vem à emergência hospitalar com queixa de dor intensa e sangramento anal ao evacuar. O sangramento é vivo, separado das fezes. Refere ser constipada e apresenta esses sintomas de forma intermitente há seis meses. Qual o diagnóstico mais provável e o tratamento.
Fissura anal Tratamento clínico: constipação, evacuação, esfincterotomia química Cirúrgico: pacientes sem resposta com tratamento clínico por 3 meses (ressecção ou esfincterotomia lateral)
Quais as origens do câncer colorretal ?
A maioria dos cânceres colorretais são esporádicos, por acúmulo progressivo de mutações, principalmente por alteração no gene APC, e por progressão de uma lesão pré neoplásica (pólipo adenomatoso) para uma lesão neoplásica (carcinoma). Ou ainda pode ser hereditário
Principais tipos de câncer colorretal hereditário
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF), Síndrome de Lynch e Síndrome de Gardner
Princípios do tratamento do câncer de cólon
Ressecção do tumor com margens, linfadenectomia e Restauração do trânsito intestinal
Princípios do tratamento do câncer de reto
Ressecção do tumor com margens, Ressecção dos linfonodos regionais, Restauração do trânsito intestinal quando possível (reto médio e superior) ou cirurgia mutilante (reto inferior) e radio e quimioterapia neoadjuvante para evitar recidiva ou adiar a cirurgia
Principais sintomas de pacientes com tumor de reto, cólon esquerdo e cólon direito
Reto: puxo, tenesmo e hematoquezia CD: síndrome anêmica e tumoral, emagrecimento, massa palpável e alternância do hábito intestinal CE: constipação intestinal progressiva até obstrução, afilamento das fezes
Indicações de cirurgia de urgência em retocolite ulcerativa
Megacólon tóxico Enterorragia maciça Perfuração intestinal
Indicações de cirurgia eletiva para retocolite ulcerativa
Alteração do crescimento Degeneração Intratabilidade clínica
Indicações de cirurgia de urgência em doença de Crohn
Megacólon tóxico Abscesso perianal Perfuração de alça intestinal para cavidade livre Abscesso intracavitário Obstrução intestinal
Indicações de cirurgia eletiva em doença de Crohn
Suboclusão intestinal Fístula perianal Fístulas entre alças, com outros órgãos ou com a parede abdominal Degeneração Intratabilidade clínica
Princípios técnicos em cirurgia de urgência em Retocolite e doença de Crohn
Retocolite: Cirurgia de grande ressecção porém sem abordar o reto na urgência. Colectomia total com ileostomia terminal Doença de Crohn: Cirurgia de pequenas ressecções. Ressecção do segmento acometido com ou sem anastomose. Drenagens de abscessos abdominais ou perineais. Fistulotomias perianais com colocação de sedenho
Quais as principais etiologias da cirrose hepática ?
Hepatite crônica por vírus B ou C e Esteato hepatite não alcoólica
Paciente com cirrose hepática por hepatite C, Child B9, com lesão hepática hipervascular de 6 cm. Qual o critério usado para indicação ou contra indicação para o transplante Hepático? Quais são as opções de tratamento?
Indicação de transplante hepático: Child B ou C (hepatopatia avançada) ou ainda Child A com complicações da cirrose + Lesão única de até 5 cm ou até três lesões em que a maior tem até 3 cm (critérios de Milão). Opções de tratamento para o paciente: quimioembolização, para tentar reduzir o tumor e permitir a entrada na fila de transplante, e radioablação, como terapia paliativa para pacientes que não sem indicação cirúrgica.
Quais patologias sistêmicas estão envolvidas na etiologia da esteato-hepatite não alcoólica, quais são as principais medidas terapêuticas no seu tratamento?
A esteato-hepatite não alcoólica consiste no acúmulo de macrogotículas de gordura entremeadas no citoplasma do hepatócito levando a inflamação crônica e cirrose Está principalmente relacionada com DM, HAS, obesidade e dislipidemia As principais medidas terapêuticas incluem mudança nos hábitos de vida (com realização de atividade física e dieta)
Paciente feminino 22 anos, usuária de anticoncepcional oral há 4 anos, em consulta de rotina ginecológica, realizou ultrassom de abdome, que evidenciou nódulo hepático de 2,5 cm no lobo direito. Quais são as principais hipóteses diagnósticas? Quais exames são necessários para esclarecimento diagnóstico?
Adenoma, por ser mulher jovem e em uso de anticoncepcional. Outros diagnósticos seriam hiperplasia nodular focal e hemangioma. Para esclarecer poderiam ser feitos outros exames como Tomografia computadorizada e Ressonância magnética.
Quais são as principais lesões primárias benignas do fígado?
Adenoma, Hiperplasia nodular focal e Hemangioma
A incidência de adenoma hepático aumenta drasticamente com o uso crônico de:
Anticoncepcionais em mulheres, e esteróides em homens
O tratamento considerado ideal para o carcinoma hepatocelular é:
Transplante de fígado Outras opções: ressecção, paliativo (quimioembolização e radioablação)
Quais são as opções emergenciais para o tratamento da Colangite?
As opções são tratamento clínico pré-operatório, com antibioticoterapia, incluindo enterobactérias, e cirúrgico com a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ou com a papilotomia retrógrada endoscópica
Afora o biotipo mais comum (4Fs), quais outras situações podem levar à doença calculosa das vias biliares?
Obesidade, emagreciento rápido, gravidez, sexo feminino, drogas, predisposição genética, ressecção de íleo terminal, estase da vesícula, cirrose, redução da atividade física, esferocitose, anemia falciforme
Quais exames de Imagens são indicados para a confirmação diagnóstica de Calculose das vias Biliares e da Coledocolitíase respectivamente?
Colangiorressonância para ver cálculos nas vias biliares e USG para ver cálculos na vesícula biliar
Quais as indicações para a realização de CPRE?
Cálculos impactados nas vias biliares ou via pancreática, causando obstrução
O que é a síndrome de Mirizzi
Quadro em que cálculo se impacta no infundíbulo/bolsa de Hartmann, provocando uma inflamação muito intensa, que causa obstrução do ducto biliar principal
Qual é o exame de imagem ideal na coledocolitíase
USG abdominal: cálculos na vesícula Colangiorressonância: quando os cálculos saem da vesícula e estão nas vias biliares
Quais os fatores de risco para o câncer de Vesícula Biliar?
Cálculos biliares (principalmente colelitíase e colecistite crônica) Vesícula em porcelana Colangite esclerosante Pólipos adenomatosos da vesícula Cistos de colédoco
O que é o tumor de Klastkin?
Colangiocarcinoma extra hepático perihilar mais comum. Caracteriza-se por icterícia, hepatomegalia, perda de peso, anorexia, prurido e dor. Costuma ocasionar obstrução biliar unilateral, na bifurcação do ducto hepático comum
Qual é o quadro clínico do colangiocarcinoma?
Em geral, icterícia, dor, emagrecimento e fadiga Intra-hepático: dor em hipocôndrio direito, fadiga, anorexia e perda de peso Extra-hepático peri-hilar: icterícia, hepatomegalia, perda de peso, anorexia, prurido e dor. Extra-hepático distal: sintomas semelhantes, com icterícia.
Qual a opção (ôes) terapêutica (s) nas neoplasias da vesícula biliar?
Colecistectomia laparoscópica se tumor não invadir lâmina própria Colecistectomia radical se invadir a subserosa, com ressecção hepática, ressecção das vias biliares e linfadenectomia regional Hepatectomia com linfadenectomia regional se tumor avançado Pode-se ainda fazer quimioterapia e radioterapia adjuvantes se linfonodo comprometido. Após a ressecção é feita a reconstrução do trânsito intestinal.
Como proceder ao receber um paciente com HDA no pronto socorro? E quais exames são necessários?
Estabilização hemodinâmica com reposição volêmica, oferecer cristalóides, colóide, sangue ou plasma fresco Acesso venoso calibroso para monitorar oxigênio Endoscopia digestiva alta, precoce, nas 12-24h da clínica, após estabilização hemodinâmica
Quais as principais causas de HDA?
Varicosa: Cirrose hepática. Não varicosa: úlcera gastroduodenal e erosão aguda
Qual é o algoritmo de tratamento da HDA varicosa? E da não varicosa?
Varicosa: estabilização hemodinâmica,antibiótico e drogas vasoativas (balão de Sengstaken-Blakemore), EDA. Se ressangramento, tentamos novo tratamento endoscópico. Se falha é feito TIPS ou cirurgia Não varicosa: estabilização hemodinâmica, ofertar protetor gástrico, endoscopia e tratamento hemostático. Se ressangramento, tentamos novo tratamento endoscópico. Se falha é feita cirurgia ou angiografia terapêutica.
Como é realizado o tratamento endoscópico da HDA varicosa e da não varicosa?
Varicosa: hemostasia endoscópica com ligadura elástica ou esclerose Não varicosa: hemostasia endoscópica com injeção (adrenalina), térmico ou clip mecânico
Como é feito o diagnóstico de HDB e como é o seu tratamento?
Clínica: hematoquezia ou enterorragia, febre, desidratação, cólicas e choque hipovolêmico Exame físico com anuscopia e toque retal Exame de colonoscopia com preparo prévio com manitol, entre 12-24h de admissão Estabilização hemodinâmica, localização do sangramento e hemostasia com adrenalina, clipes metálicos, ligadura elástica ou plasma de argônio. Se instáveis hemodinamicamente ou sangramento recorrente, fazemos a cirurgia